30 de setembro de 2013

Filosofia na carreira


Lembro-me como se fosse hoje de quando reparei pela primeira vez na disciplina de Filosofia na grade curricular do curso de Engenharia Biotecnológica. Meu primeiro pensamento foi: “o que uma disciplina como essa faz num curso de exatas?” Sei que foi e ainda é um pensamento generalizado entre os estudantes. O fato é que, embora engenheiros, cientistas ou empreendedores, apesar de não precisarem citar filósofos o tempo todo, necessitam e até praticam muitos dos conceitos desenvolvidos por eles durante a nossa história.

Um exemplo? Que tal falar sobre ética? Ética na pesquisa, no serviço, em família; ética com os chefes, com os empregados, com os clientes; ética nos relacionamentos. Quem nunca se deparou com um dilema em que devia optar por duas atitudes desejáveis, mas apenas uma delas seria correta? Conflito de interesses, favorecimentos, reconhecimentos, informações privilegiadas, o que fazer?

Quando se administra uma empresa ou gerencia pessoas e projetos, muitos conceitos filosóficos estão implícitos, e se compreendêssemos adequadamente, certamente teríamos mais êxito em utilizá-los.

Particularmente, posso dizer que aprendi a importância da filosofia na minha vida pessoal e também profissional. A minha dica hoje é que você também descubra e valorize esta área do conhecimento que pode enriquecer seus relacionamentos.


Para ajudar, deixo aqui uma palestra do educador e professor de filosofia Mário Sérgio Cortella sobre gestão, liderança e ética. Porém, não se contente apenas com esta aula, outras palestras deste mesmo autor, bem como de outros renomados especialistas, ajudarão a compor seus conhecimentos, e o que é melhor, são gratuitas pela internet.





29 de setembro de 2013

6 Chapéus do Pensamento

Quantas vezes você já tentou implementar uma idéia e não deu certo? Talvez ela fosse uma boa solução para um problema, mas não houve sucesso devidos às resistências e oposições impostas por outras pessoas?

A técnica dos 6 chapéus de Edward de Bono permite explorar diferentes pontos de vista de uma mesma decisão, a fim de eliminar as confusões na hora de pensar. Segundo Bono, “as emoções são uma parte essencial da nossa capacidade de raciocínio e não apenas algo extra que deturpam o nosso pensamento”, com o objetivo de direcionar o pensamento e não classificá-lo. Dessa forma, cada chapéu (cores) do pensamento corresponde a um estilo diferente de pensamento, como descritos a seguir:

  • Chapéu Branco: Com este chapéu foca-se nos dados/informações disponíveis. Veja as informações que estão disponíveis e analisa o que se pode aprender com ela. Verifica também, que falhas há no conhecimento e tente preenchê-las ou tê-las em conta. É neste momento que analisa as tendências passadas e tenta extrapolar sobre dados históricos.
  • Chapéu Verde: Este chapéu é o da criatividade e das novas idéias. Busca constantemente alternativas, indo além do conhecido e óbvio. “O pensador procura avançar de uma idéia para outra até chegar em uma nova idéia”. Pode-se fazer uso de várias ferramentas de criatividade, como o brainstorming.
  • Chapéu Amarelo: O chapéu amarelo ajuda-o a pensar positivamente. É o ponto de vista otimista que o ajuda a ver os benefícios da decisão e o valor da mesma. Permite a visualização da continuidade e na busca de oportunidades quando tudo à volta está difícil, apresentando pensamento positivo com bases sólidas, sendo construtivo e produtivo. É a base para sugestões e propostas concretas.
  • Chapéu Preto: Com este chapéu olha-se todos os pontos negativos da decisão. Tentar observar onde é que não pode funcionar, o que pode dar de errado. E crítico, apontando riscos e perigos. É de suma importância pois destaca os pontos fracos de um plano, permitindo eliminá-los, alterá-los ou preparar planos de contnigência para combatê-los. Assim, ajuda-o a realizar planos mais resistentes e mais resilientes.
  • Chapéu Vermelho: Ao utilizar o chapéu vermelho, deverá olhar para os problemas utilizando a intuição, a reação instintiva e a emoção. É preciso compreender as respostas das pessoas que não conhecem suas razões.
  • Chapéu Azul: Este chapéu representa o controle e a organização do processo de pensamento, juntamente com os outros chapéus. Geralmente é utilizado por aquele que preside a reunião, definindo problemas, moldando perguntas, além de estabelecer foco, visões gerais e conclusões. Favorece a estrutura do mapa quando direciona as sequências das operações do pensamento, reforçando a disciplina.


Em suma, o método dos 6 Chapéus do Pensamento é uma boa técnica a ser utilizada para verificar os efeitos de uma decisão, a partir de vários e diferentes pontos de vista daqueles que estão envolvidos. Permite a emoção necessária àquilo que seria apenas uma outra maniera de decisões racionais, que permite, também , abrir um leque de oportunidades para a criatividade dentro da tomada de decisões importantes. Os planos desenvolvidos a partir desta técnica serão mais sólidos e resistentes em relação aos que são realizados de outra forma. Por fim, pode ser uma maneira de ajudar a evitar erros ou ter uma segunda opção a atuar, além de despistar boas razões para não seguir determinado caminho antes de já ter começado a caminhar.


26 de setembro de 2013

Teia de aranha: matéria-prima para novas tecnologias?

As teias de aranha são verdadeiras obras da engenharia, trazendo formas e estruturas muito inteligentes. Seus fios são constituídos pela seda, que é expelida em estado líquido através de minúsculos tubos existentes na parte posterior do abdômen. Ao sair, ela se solidifica imediatamente em contato com o ar, formando um fio, com o qual a aranha elabora a teia.

A resistência e a flexibilidade desta seda chamam a atenção de pesquisadores que procuram materiais de alto desempenho e tentam copiar suas propriedades, ou sintetizá-la, para produção em larga escala. A seda consegue ser mais fina que um fio de cabelo, mais leve que o algodão, e mais forte que o aço. Além disso, a teia da aranha também tem a capacidade de se esticar quatro vezes mais que seu comprimento original sem se romper.

Os pesquisadores descobriram que a rigidez da seda varia de uma forma não linear. Enquanto, sob uma carga leve, todo material responde uniformemente, quando a carga começa a aumentar a seda se torna mais rígida próxima a mesma, mantendo sua estrutura flexível no restante da fibra.

As propriedades da seda prometem várias aplicações na engenharia, incluindo estruturas metálicas mais resistentes, carros que sejam capazes de dissipar a carga ao longo da carroceria no caso de um impacto, revestimento à prova d’água, cabos e cordas, colete à prova de balas, cintos de segurança entre diversos outros.

Os estudos também se direcionam na área da saúde, pelo fato da teia ser resistente, flexível e, principalmente, biodegradável. As aplicações envolvem: pele artificial (para substituir queimaduras, por exemplo), curativos (por algumas teias auxiliarem na reconstrução de tecidos e apresentam até atividade antibacteriana), e novos ligamentos em caso de tendões lesionados.




23 de setembro de 2013

Startup = Crescimento

Uma startup é uma empresa feita para crescer rápido. Ser fundada recentemente, por si só, não torna uma empresa uma startup. Nem é necessário que a startup trabalhe com tecnologia, ou receba investimentos, ou tenha algum tipo de saída de mercado. O único pré-requisito é crescimento. Todo o resto que associamos às startups surge a partir do crescimento.
Se você quer começar uma, é importante que entenda isso. Startups são muito difíceis de serem administradas e você não pode simplesmente colocá-la de lado e esperar que faça sucesso. Você tem que ter em mente que deve procurar crescimento. A boa notícia é que, se houver crescimento, tudo tende a se encaixar. Isso significa que você pode e deve usá-lo como guia para tomar quase todas as decisões que você enfrentar.


Vamos começar com uma distinção que parece bastante óbvia, mas que às vezes é deixada de lado: nem toda empresa fundada recentemente é uma startup. Provavelmente, milhões de empresas são fundadas todo ano no Brasil, mas somente uma minúscula porção delas são startups. A maioria são prestadoras de serviços – restaurantes, salões de cabelereiro, oficinas de carro e por aí vai... Essas não são startups, exceto em alguns raros casos. Um salão de cabelereiro não é feito para crescer rapidamente. Enquanto que uma nova ferramenta de busca, por exemplo, é.
Essa diferença explicita o fato de existir uma palavra distinta, “startup”, para empresas designadas à cresceram rapidamente. Se todas as empresas fossem essencialmente similares, mas com alguma sorte ou esforços de seus fundadores acabassem crescendo de maneira rápida, não precisaríamos de uma palavra nova. Nós poderíamos apenas falar sobre empresas bem-sucedidas e as de menor impacto. Mas, na realidade, startups possuem um DNA diferente de outros negócios. A Google não era apenas um salão de cabelereiros cujos fundadores foram extremamente sortudos ou muito esforçados. A Google era diferente desde o princípio.
Para crescer rapidamente, você deve fazer algo que possa ser vendido para um grande mercado. Esta é a diferença entre a Google e um salão de cabelereiros. Um salão, salvo raras ocasiões, não é escalável.
Quão rápido uma empresa precisa crescer para ser considerada uma startup? Não há uma resposta precisa para esta pergunta. Começar uma startup é, primeiro de tudo, uma declaração da ambição de seus fundadores. Você está se comprometendo à não somente fundar uma empresa, mas, também começar uma que cresça rapidamente e procurando por uma das raras ideias da área do seu negócio. Mas, de início, você não tem nada além de comprometimento mesmo. Portanto, para os fundadores, essa é uma pergunta mais teórica que equivale a perguntar se eles estão no caminho certo.

O crescimento de uma startup normalmente possui 3 fases:

1. Há um período inicial de um crescimento devagar ou nenhum crescimento enquanto a startup ainda tenta entender melhor o que realmente estão fazendo;
2. Conforme ela descobre como vender seu produto e alcançar seus clientes da melhor maneira, existe um período de rápido crescimento"
3. Eventualmente, uma startup bem sucedida irá crescer e se tornar uma grande empresa. O crescimento irá diminuir, parte devido aos seus limites internos e parte devido aos limites que a empresa começará a encontrar em seu próprio mercado.

Juntas, essas 3 fases produzem uma curva S. A fase que define uma startup é a segunda, a ascendente. Seu comprimento e inclinação determinam quão grande a empresa será.
A inclinação é a taxa de crescimento da empresa. Se existe um número que todo fundador deve sempre saber, é sua taxa de crescimento. Essa é a medida da startup. Meça seu crescimento por semana. Uma boa taxa pode ser entre 5 e 7% por semana. Se atingir 10%, você está indo excepcionalmente bem. Se não consegue passar de 1%, pode ser um sinal de que você ainda não entendeu realmente o que está fazendo e como atingir seus consumidores.
E por que investidores gostam tanto de startups? A principal razão não é somente o retorno, mas também porque esses investimentos são fáceis de prever, avaliando o potencial da startup. Os fundadores não vão enriquecer sem enriquecer também os investidores. E... Quase toda empresa ou startup necessita de algum dinheiro para começar. Mas startups frequentemente arrecadam investimentos mesmo quando elas já conseguem lucrar algo. Elas poderiam crescer somente em cima de suas vendas, mas o dinheiro a mais e a ajuda providenciada pelos venture capitalists as permite crescer mais rapidamente ainda. Arrecadar fundos te permite escolher sua taxa de crescimento.
Uma startup é a solidificação das suas descobertas até agora. Começar uma startup é como decidir ser um cientista: você não está se comprometendo a resolver nenhum problema em particular; você não sabe exatamente quais problemas são possíveis de serem resolvidos; mas você se compromete em tentar descobrir algo que ninguém visualizou antes. Um fundador de uma startup é, com efeito, um cientista pesquisador econômico. A maioria não descobre nada muito extraordinário, outros, descobrem a teoria da relatividade.


16 de setembro de 2013

Phonebloks: o celular que vale a pena manter!

Calcula-se que no Brasil existem por volta de 260 milhões de aparelhos celulares ativos para os 200 milhões de habitantes que temos hoje. O tempo de uso do aparelho é demasiadamente curto comparado com outros eletrônicos, pois além de quebrar com facilidade, empresas utilizam ferramentas de marketing para impulsionar a compra de celulares cada vez mais modernos.

O celular é responsável por grande parte do lixo eletrônico que geramos hoje e ,se descartado de maneira inadequada, pode causar sérios problemas ambientais. Esse problema não ocorre apenas no Brasil, mas no mundo como todo.

Diante disso o designer holandês, Dave Hakkens, criou um novo conceito de smartphone cujas peças ou blocos, como são chamados, são independentes, intercambiáveis e customizaveis!
Ao invés de jogar seu celular fora, por que você gostaria de ter um com uma câmera melhor, você simplesmente compra um bloco de câmera. Se ele se tornar lento demais para seus aplicativos, basta trocar o bloco do processador. É um pouco estranho de imaginar, entenda melhor assistindo o video a seguir.



Para o Phonebloks se tornar real, o designer precisa que o projeto chegue aos olhos das empresas corretas. Para isso ele pede ajuda para espalhar o conceito pelo mundo. Junte-se a essa ideia você também! Entre no site thunderclap.it e compartilhe em sua rede social favorita.