29 de abril de 2013

Você sabe o que é Job Rotation?

Imagine-se numa entrevista de emprego dentro de uma grande empresa. O entrevistador pergunta o que você acha de passar pelo processo de Job Rotation. O que você responderia? Job Rotation, ou rotação de emprego, é uma técnica de gestão que faz com que um novo profissional dentro de uma empresa passe por diversas áreas num período pequeno que pode variar entre meses ou poucos anos. É um mecanismo de aprendizado que pode trazer benefícios significativos na moral e no rendimento do indivíduo pela quebra da rotina. Os funcionários que realizam esse processo podem ser até mesmo dos cargos mais altos da empresa, porém foi popularizado o uso para estagiários e trainees para que eles se localizem na área em que melhor se identificam. A proposta deve ser utilizada com cuidado quando se trata de funcionários mais antigos ou mesmo com pessoas que se apegaram pelas atividades que realizam. É importante que a equipe toda adira ao programa, pois o Job Rotation não serve simplesmente para mudar uma pessoa de cargo, é um mecanismo de aprendizado e requer envolvimento!


26 de abril de 2013

Você sabe o que é Inovação Disruptiva?


Imagine a seguinte situação de inovação. Você tenta aperfeiçoar um determinado produto ou serviço buscando melhor qualidade, levando uma nova proposta de valor para produto/serviço/marca. Desta forma, os produtos/serviços desta empresa superam tecnologicamente suas concorrentes. O automóvel exemplifica bem este conceito, pois foi uma inovação revolucionária em relação aos veículos puxados por cavalos. Entretanto, esta inovação agregou muito valor, os veículos automotores eram muito caros e, a princípio, não alterou o mercado de veículos com tração animal, baratos e acessíveis.

Pensemos agora numa outra situação, num outro conceito de inovação. A idéia não é demonstrar que a empresa é melhor por ter mais tecnologia ou por revolucionar o mercado com um produto super avançado. Muito pelo contrário, o produto pode até ser inferior em relação ao modo como o mercado o avalia, entretanto, trás consigo um conjunto de atributos que permitem ao produto ser usado de uma maneira diferente, criando um novo mercado para pessoas que não podiam, não queriam ou não sabiam que iriam adquirir aquele produto/serviço. Esse é o conceito da inovação disruptiva, que proporciona uma ruptura de mercado, por exemplo, oferecendo o produto para pessoas que até então não utilizavam esse produto. Pode ser inicialmente de menor qualidade, mas a um preço mais acessível, apenas com o “básico”, mas que trás maior praticidade. No nosso exemplo do automóvel, a inovação disruptiva foi o modelo de produção em massa idealizado por Henry Ford, que tornou os carros mais baratos e acessíveis.

De acordo com Clayton Christensen, que cunhou o termo inovação disruptiva, este conceito se baseia muito mais na comercialização de um produto/serviço, ao invés da se fundamentar na tecnologia, busca soluções tecnologicamente simples, com menos recursos que os produtos oferecidos a clientes de mercados já estabelecidos, mesmo que muitos deles raramente fossem usados. As inovações disruptivas oferecem um conjunto diferente de atributos válidos para mercados emergentes e de pouca ou nenhuma importância nos mercados estabelecidos.

A indústria de computadores já passou por muitas rupturas de mercado, como a substituição de maiframes por miniconputadores, depois estes foram substituídos por computadores pessoais e agora está ocorrendo de novo com os tablets. Pode-se dizer o mesmo sobre a tecnologia de Cloud Computing. A Gol se utilizou de inovação disruptiva com o modelo low cost, low fare, a Toyota também com o modelo de Gestão Lean e o McDonald’s, que reinventou a forma de se alimentar. Observar tendências e tentar olhar para onde o concorrente não está olhando pode ser uma boa saída.


Assista à entrevista de Clayton Christensen para a Harvard Business:



Você pode aprender mais sobre Inovação Disruptiva através de um curso gratuito oferecido neste canal do You Tube oferecido pelo professor e consultor Eduardo Fagundes:




by: Vinícius D. Kümpel


22 de abril de 2013

Tecnologia "Open Source"


Há alguns anos, o “open source” não era visto com bons olhos. No entanto, é possível observar uma mudança nesse cenário a partir do prêmio da InfoWorld batizado de “Best of Open Source Software”, também conhecido como Bossie. O Open Source está desempenhando papel de liderança entre diversas categorias, não só em desenvolvimento de aplicativos, mas também em Big Data, nuvem privada, e bancos de dados. O antigo ditado de que “open source não inova” foi aposentado para sempre.

Mas, o que é tecnologia Open Source?

A tecnologia Open Source, ou código aberto, remete à software livre, para quem quiser. E todos podem contribuir com ele, seja em seu desenvolvimento, seja na sua correção de erros, seja na sua documentação, desde que a condição de liberdade seja mantida. Assim como é o Linux, que é um fenômeno dos sistemas operacionais que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo corporativo chegando a desafiar gigantes como a Microsoft. 

Plataforma eletrônica Arduino

A tecnologia Open Source, ou código aberto, remete à software livre, para quem quiser. E todos podem contribuir com ele, seja em seu desenvolvimento, seja na sua correção de erros, seja na sua documentação, desde que a condição de liberdade seja mantida. Assim como é o Linux, que é um fenômeno dos sistemas operacionais que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo corporativo chegando a desafiar gigantes como a Microsoft. 
Outra plataforma Open Source é o Arduino, que é uma plataforma de prototipagem eletrônica de código aberto baseada na flexibilidade, no modo fácil de manuseio do software e hardware e, entre tantos, pode ser designado a artistas, designers ou qualquer pessoa interessada em criar objetos e/ou ambientes interativos. A lista de exemplos de plataformas Open Source vem crescendo cada vez mais conforme novas tecnologias surgem, como é o caso da RepRap, no mundo da impressão 3D.
Segundo Jim Whitehurts, CEO da Red Hat, "Sessenta anos após o início da revolução industrial, finalmente conseguimos peças padronizadas. Essa padronização foi fundamental para impulsionar a próxima onda de inovação na revolução industrial." [...] "Estamos vendo isso em TI", observa. Ele acrescenta que os capitalistas de risco que fundaram empresas de TI muitas vezes falam com ele sobre startups, dizendo: "Esses caras não precisam de mais dinheiro. Eles estão apenas construindo a coisa, colocando-a no Amazon como software ou serviço. O custo para entrar no mercado mudou fundamentalmente”. Mas enquanto o código aberto está aqui e é a escolha padrão para muitos novos projetos, Whitehurst diz que a comunidade deve continuar empurrando as fronteiras do código aberto se quiser que a explosão de inovação continue.
Assim, com a crise econômica afetando as atividades das Empresas, uma solução eficaz para a redução de custos será a inclusão dos serviços de TI baseados em tecnologia Open Source. Diante de orçamentos reduzidos, os executivos estão sendo desafiados a gerar mais resultados, existindo uma relação direta entre maior custo de software e aumento de produtividade empresarial e econômica. Portanto, um maior incentivo à produção de softwares através do modelo Open Source eleva as condições para o reuso do conhecimento e consequentemente, maior produtividade em todos os setores da economia.Não obstante, há cinco tendências que são consideradas não apenas fatores-chaves de projetos de código aberto atual, mas também de uma indústria em evolução, sendo eles o aumento das comunidades, a proliferação de opções de licenciamento Open Source, o espectro de patentes de software, o “Cloud computing” e a “Big Data”.

Veja este vídeo com Massimo Banzi, um dos inventores da plataforma Arduino falar sobre o Open Source e nos diga: que próximos setores do desenvolvimento tecnológico você imagina o Open Source inserido?



19 de abril de 2013

Aprendendo com os fundadores


Aparentemente, em uma maratona atletas com explosão alcançam suas velocidades máximas logo nas primeiras quadras e passam o resto da corrida diminuindo de velocidade. Os vencedores são aqueles que diminuem o mínimo possível. É isso que acontece com a maioria das startups também. A fase inicial é normalmente a mais produtiva, é quando possuem as principais grandes ideias. Imagine o que era a Apple quando 100% de seus funcionários eram ou Steve Jobs ou Steve Wozniak.


O que é intrigante sobre esta fase é que é completamente diferente do que a maioria das pessoas tem ideia de como uma empresa é. Se você procurar no Google por imagens com a palavra “business”, você verá pessoas de terno, grupos em torno de mesas de reuniões, apresentações em PowerPoint, pessoas produzindo grossos  relatórios umas para as outras. Startups acabam sendo exatamente o oposto a isso. E, ainda assim, são provavelmente a parte mais produtiva de toda a economia de um país.
Por que esta diferença? Acreditamos que seja por um princípio geral do trabalho: quanto menos energia dispendida em performance, maior é a energia dispendida em aparências para compensar. Mais frequentemente do que possa parecer, a energia gasta em parecer impressionante piora a performance real da empresa. O esforço em fazer parecer produtivo não é totalmente desperdiçado, mas normalmente torna organizações menos produtiva. Ternos, por exemplo. Ternos não ajudam as pessoas a pensarem melhor. Muito provavelmente a maioria dos executivos pensam melhor quando acordam em uma manhã de domingo em seus pijamas e tomam uma xícara de café. Esta parece com uma situação favorável a ideias.
Uma startup é uma empresa designada a crescer rapidamente. Ser fundada recentemente não torna uma empresa, automaticamente, uma startup. Nem é necessário que, para ser uma, tenha que trabalhar com tecnologia, ou ter abarcado vários investimentos de outrém, ou ter algum tipo de “saída” para outros segmentos. A única coisa essencial é crescimento. Todo o resto que é associado à uma startup vem do crescimento.
Se você quiser começar uma, é importante entender isto. Startups são tão difíceis de obter sucesso que você não pode colocar de lado por falta de tempo e esperar que ela faça sucesso. Você precisa saber que é de crescimento que você precisa. A boa notícia é, se você tem crescimento, todo o resto tende a encaixar em seu devido lugar. O que significa que você pode utilizá-lo como uma bússola para tomar toda e qualquer decisão que precise.
Não é  só porque você quer crescer em determinado segmento que você tem que entender todas as forças que movem o mercado. Entender o crescimento é do que realmente uma startup consiste. O que você realmente está fazendo quando começa uma startup é se comprometer em resolver um tipo de problema mais difícil do que os empreendimentos comuns se propõem. Você se compromete em procurar uma das raras ideias que possam gerar rápido crescimento. Por conta dessas ideias serem tão valiosas, encontrá-las se torna difícil. A startup é a materialização das suas descobertas até agora. Começar uma startup é bem parecido com decidir se tornar um cientista pesquisador: você não se compromete logo de cara a resolver um problema específico; você não tem certeza de quais problemas tem realmente solução; mas você está se comprometendo em tentar descobrir algo que ninguém sabia até agora. Um fundador de uma startup é, com efeito, um cientista pesquisador que colocou suas ideias em prática. A maioria não descobre nada notável, mas alguns descobrem a relatividade, ou a evolução.

Dica de Leitura:



Provavelmente não há mais do que alguns milhares de pessoas que sabem, em primeira-mão, o que acontece no primeiro mês de uma startup bem-sucedida. Jessica Simpson reuniu essas histórias para nos contar. Apesar do formato de entrevistas, este é realmente um livro "passo-a-passo". É provavelmente um dos livros mais valiosos que qualquer empreendedor poderia ler.