26 de setembro de 2013

Teia de aranha: matéria-prima para novas tecnologias?

As teias de aranha são verdadeiras obras da engenharia, trazendo formas e estruturas muito inteligentes. Seus fios são constituídos pela seda, que é expelida em estado líquido através de minúsculos tubos existentes na parte posterior do abdômen. Ao sair, ela se solidifica imediatamente em contato com o ar, formando um fio, com o qual a aranha elabora a teia.

A resistência e a flexibilidade desta seda chamam a atenção de pesquisadores que procuram materiais de alto desempenho e tentam copiar suas propriedades, ou sintetizá-la, para produção em larga escala. A seda consegue ser mais fina que um fio de cabelo, mais leve que o algodão, e mais forte que o aço. Além disso, a teia da aranha também tem a capacidade de se esticar quatro vezes mais que seu comprimento original sem se romper.

Os pesquisadores descobriram que a rigidez da seda varia de uma forma não linear. Enquanto, sob uma carga leve, todo material responde uniformemente, quando a carga começa a aumentar a seda se torna mais rígida próxima a mesma, mantendo sua estrutura flexível no restante da fibra.

As propriedades da seda prometem várias aplicações na engenharia, incluindo estruturas metálicas mais resistentes, carros que sejam capazes de dissipar a carga ao longo da carroceria no caso de um impacto, revestimento à prova d’água, cabos e cordas, colete à prova de balas, cintos de segurança entre diversos outros.

Os estudos também se direcionam na área da saúde, pelo fato da teia ser resistente, flexível e, principalmente, biodegradável. As aplicações envolvem: pele artificial (para substituir queimaduras, por exemplo), curativos (por algumas teias auxiliarem na reconstrução de tecidos e apresentam até atividade antibacteriana), e novos ligamentos em caso de tendões lesionados.




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