Imagine a seguinte situação de
inovação. Você tenta aperfeiçoar um determinado produto ou serviço buscando
melhor qualidade, levando uma nova proposta de valor para
produto/serviço/marca. Desta forma, os produtos/serviços desta empresa superam
tecnologicamente suas concorrentes. O automóvel exemplifica bem este conceito,
pois foi uma inovação revolucionária em relação aos veículos puxados por
cavalos. Entretanto, esta inovação agregou muito valor, os veículos automotores
eram muito caros e, a princípio, não alterou o mercado de veículos com tração
animal, baratos e acessíveis.
Pensemos agora numa outra
situação, num outro conceito de inovação. A idéia não é demonstrar que a
empresa é melhor por ter mais tecnologia ou por revolucionar o mercado com um
produto super avançado. Muito pelo contrário, o produto pode até ser inferior
em relação ao modo como o mercado o avalia, entretanto, trás consigo um
conjunto de atributos que permitem ao produto ser usado de uma maneira diferente,
criando um novo mercado para pessoas que não podiam, não queriam ou não sabiam
que iriam adquirir aquele produto/serviço. Esse é o conceito da inovação
disruptiva, que proporciona uma ruptura de mercado, por exemplo, oferecendo o
produto para pessoas que até então não utilizavam esse produto. Pode ser
inicialmente de menor qualidade, mas a um preço mais acessível, apenas com o
“básico”, mas que trás maior praticidade. No nosso exemplo do automóvel, a
inovação disruptiva foi o modelo de produção em massa idealizado por Henry
Ford, que tornou os carros mais baratos e acessíveis.
De acordo com Clayton
Christensen, que cunhou o termo inovação disruptiva, este conceito se baseia
muito mais na comercialização de um produto/serviço, ao invés da se fundamentar
na tecnologia, busca soluções tecnologicamente simples, com menos recursos que os
produtos oferecidos a clientes de mercados já estabelecidos, mesmo que muitos
deles raramente fossem usados. As inovações disruptivas oferecem um conjunto
diferente de atributos válidos para mercados emergentes e de pouca ou nenhuma
importância nos mercados estabelecidos.
Assista à entrevista de Clayton
Christensen para a Harvard Business:
Você pode aprender mais sobre Inovação Disruptiva através de
um curso gratuito oferecido neste canal do You Tube oferecido pelo professor e consultor Eduardo Fagundes:
by: Vinícius D. Kümpel