19 de abril de 2013

Aprendendo com os fundadores


Aparentemente, em uma maratona atletas com explosão alcançam suas velocidades máximas logo nas primeiras quadras e passam o resto da corrida diminuindo de velocidade. Os vencedores são aqueles que diminuem o mínimo possível. É isso que acontece com a maioria das startups também. A fase inicial é normalmente a mais produtiva, é quando possuem as principais grandes ideias. Imagine o que era a Apple quando 100% de seus funcionários eram ou Steve Jobs ou Steve Wozniak.


O que é intrigante sobre esta fase é que é completamente diferente do que a maioria das pessoas tem ideia de como uma empresa é. Se você procurar no Google por imagens com a palavra “business”, você verá pessoas de terno, grupos em torno de mesas de reuniões, apresentações em PowerPoint, pessoas produzindo grossos  relatórios umas para as outras. Startups acabam sendo exatamente o oposto a isso. E, ainda assim, são provavelmente a parte mais produtiva de toda a economia de um país.
Por que esta diferença? Acreditamos que seja por um princípio geral do trabalho: quanto menos energia dispendida em performance, maior é a energia dispendida em aparências para compensar. Mais frequentemente do que possa parecer, a energia gasta em parecer impressionante piora a performance real da empresa. O esforço em fazer parecer produtivo não é totalmente desperdiçado, mas normalmente torna organizações menos produtiva. Ternos, por exemplo. Ternos não ajudam as pessoas a pensarem melhor. Muito provavelmente a maioria dos executivos pensam melhor quando acordam em uma manhã de domingo em seus pijamas e tomam uma xícara de café. Esta parece com uma situação favorável a ideias.
Uma startup é uma empresa designada a crescer rapidamente. Ser fundada recentemente não torna uma empresa, automaticamente, uma startup. Nem é necessário que, para ser uma, tenha que trabalhar com tecnologia, ou ter abarcado vários investimentos de outrém, ou ter algum tipo de “saída” para outros segmentos. A única coisa essencial é crescimento. Todo o resto que é associado à uma startup vem do crescimento.
Se você quiser começar uma, é importante entender isto. Startups são tão difíceis de obter sucesso que você não pode colocar de lado por falta de tempo e esperar que ela faça sucesso. Você precisa saber que é de crescimento que você precisa. A boa notícia é, se você tem crescimento, todo o resto tende a encaixar em seu devido lugar. O que significa que você pode utilizá-lo como uma bússola para tomar toda e qualquer decisão que precise.
Não é  só porque você quer crescer em determinado segmento que você tem que entender todas as forças que movem o mercado. Entender o crescimento é do que realmente uma startup consiste. O que você realmente está fazendo quando começa uma startup é se comprometer em resolver um tipo de problema mais difícil do que os empreendimentos comuns se propõem. Você se compromete em procurar uma das raras ideias que possam gerar rápido crescimento. Por conta dessas ideias serem tão valiosas, encontrá-las se torna difícil. A startup é a materialização das suas descobertas até agora. Começar uma startup é bem parecido com decidir se tornar um cientista pesquisador: você não se compromete logo de cara a resolver um problema específico; você não tem certeza de quais problemas tem realmente solução; mas você está se comprometendo em tentar descobrir algo que ninguém sabia até agora. Um fundador de uma startup é, com efeito, um cientista pesquisador que colocou suas ideias em prática. A maioria não descobre nada notável, mas alguns descobrem a relatividade, ou a evolução.

Dica de Leitura:



Provavelmente não há mais do que alguns milhares de pessoas que sabem, em primeira-mão, o que acontece no primeiro mês de uma startup bem-sucedida. Jessica Simpson reuniu essas histórias para nos contar. Apesar do formato de entrevistas, este é realmente um livro "passo-a-passo". É provavelmente um dos livros mais valiosos que qualquer empreendedor poderia ler.









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