Uma empresa denominada Ecovative criou um novo material para
embalagens feito a base de micélio, que é análogo à uma raiz nos cogumelos. O
micélio utiliza materiais “inúteis” como caules, cascas de sementes, e os
transforma em polímeros de quitina. A Ecovative usa o micélio como uma cola,
podendo ser moldado de qualquer forma. O produto final é um material isolante e
resistente ao fogo, além de ter também a densidade desejada.
Para a produção, inicialmente a Ecovative coleta estas partes
de plantas que não servem para alimentação e, por isso, têm baixo valor
econômico. Depois, esta matéria é inoculada juntamente com o micélio, na forma
desejada. Em menos de uma semana o micélio cresce sem a necessidade de luz ou
água. O interessante é que a energia utilizada é muito pouca comparada com a fabricação
de espumas sintéticas, já que na verdade quem faz todo o trabalho é o próprio
micélio. No fim, o material é colocado em alta temperatura para a desidratação,
fazendo com que o crescimento pare. Como o micélio não chega a formar um
cogumelo, não há esporos, então não há preocupações alergênicas.
Com este novo material moldável, a Ecovative o cultiva no
formato que deseja, na densidade necessária para as diferentes utilidades. Nem
todos os materiais já estão a venda, mas as aplicações vão desde simples embalagens
protetoras (substituindo o isopor), como embalagens para laptops até materias
para construção, como painéis de isolamento.
Depois das vantagens de ter baixo preço, fácil moldagem, baixa utilização de energia e fácil produção
industrial, o micélio ainda é totalmente reciclável pelo meio ambiente, já que
é material orgânico. Se ele for jogado na natureza ele será reabsorvido e ainda
servirá de adubo para o local.