2 de junho de 2013

Cópias são ameaças para a Inovação?

Recentemente, como todos sabemos, Apple ganhou um processo contra a Samsung recebendo o montante de US$1,05bi por perdas e danos. A empresa coreana foi acusada de copiar a propriedade intelectual dos americanos, no que tange a sua patente bastante ampla sobre “aparelhos eletrônicos retangulares”. E a Apple pretende usar estas patentes para frear seu competidor de vender aparelhos como o novo (retangular) Galaxy Tab e novos (retangulares) smartphones.

É interessante notar que o design retangular para aparelhos eletrônicos muito provavelmente não foi inventado pela Apple e, então, eles criaram suas próprias plataformas retangulares de leitura, ainda que tenham processado a Samsung por praticamente a mesma coisa: copiar um design retangular. E isto destaca um problema central na economia atual baseada na inovação. Qual é o equilíbrio adequado entre competição e cópia?
Leis de propriedade intelectual são baseadas na ideia de que copiar é ruim para a criatividade e inovação. Normalmente é mais barato copiar algo do que criar algo inteiramente novo. Se os inovadores não forem protegidos da imitação, eles não investirão mais em inovação.

Como as cópias podem ser benéficas?
Porque podem permitir tanto quanto prevenir a inovação.
Quando pensamos em criatividade e inovação, normalmente imaginamos o gênio solitário trabalhando muito, muito, muito duro, até que ele finalmente tem o seu momento “eureka!”.
Na verdade, inovação frequentemente é um processo incremental, acumulativo e competitivo. É crítico para a criação de melhores produtos. Cópias podem também guiar o processo de invenção, enquanto seus competidores lutam para se manter à frente dos demais.

Um sistema de patentes encoraja a inovação, mas é vulnerável a excessos. Esse sistema é amigo do inovador, mas o sistema vigente de proteção intelectual não é necessariamente amigo do público que quer ver inovações sendo colocadas em prática. Gigantes da indústria podem trancar à sete chaves suas ideias e sentar sobre suas patentes para desencorajar a competição. Além de evitar excessos, deveríamos favorecer uma regra do “Use-o ou deixe-o” que garanta que verdadeiros inovadores não possam ser impedidos de competir em determinado segmento, porque alguns protegem suas ideias generalistas e às vezes até abstrata se conceituais de uma tecnologia.

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