8 de agosto de 2013

Cientistas utilizam o vírus da Aids para combater leucemia


Emma Whitehead, livre do câncer há um ano.
Na tentativa de salvar uma criança da morte pela leucemia, cientistas apelam para um tratamento um tanto inusitado. Como os médicos disseram, eles utilizaram “Fire with fire” (Fogo com fogo), fazendo com que o vírus da Aids combatesse  o câncer.

Em 2010, Emma Whitehead foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda, câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue, que tem a função de proteger o organismo. Emma fez durante dois anos todos os tratamentos, até mesmo quimioterapia, mas o câncer voltou duas vezes.

Em uma tentativa desesperada de salvar a filha, os pais da menina aceitaram participar de um tratamento ainda experimental no Hospital Infantil da Filadélfia. Este tratamento consiste em utilizar o vírus da Aids em uma forma deficiente, que reprograma o sistema imunológico, fazendo com que o próprio paciente expulse a doença sem ser infectado pelo HIV.

As células T, que ajudam na produção de anticorpos no organismo, foram retiradas do corpo de Emma e foi injetado o vírus desativado de HIV. Depois, as células T foram novamente colocadas no corpo da menina, que teve várias reações como febre de 40,5 graus, ficou inconsciente e muito inchada. Precisou respirar por aparelhos e quase morreu. De acordo com o Dr. Carl June, tais sintomas são a comprovação de que o tratamento deu certo. Um ano depois de ter recebido os linfócitos T geneticamente modificados, a garota não tem câncer e permanece saudável.

O tratamento ainda está em sua fase inicial e muitas questões precisam ser resolvidas. Os pesquisadores não sabem, por exemplo, por que o tratamento funciona em alguns casos e em outros não. Além disso, as T modificadas atacam outros tipos de células, o que deixa o corpo vulnerável a outros tipos de infecções. Emma e outros pacientes precisarão de tratamentos regulares para evitar essas infecções.

Só se pode dizer que uma pessoa sobrevive ao câncer quando vive há cinco anos. Emma, porém, tenta levar uma vida normal. O tratamento ao qual ela se submeteu, inclusive, é a esperança de substituir o transplante de medula, um procedimento mais perigoso e caro, e que atualmente é a última esperança de casos como leucemia.



Vale a pena conferir:




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