29 de junho de 2011

Governo oferece recursos para estudar mercado de biotecnologia

modelo de incubadoras de empresas de base tecnológica, como as de biotecnologia, é importante para que essas empresas se estabeleçam no mercado, diz Giacomazzi.
Essas incubadoras ""muitas ligadas a universidades"" aproveitam a produção dos pesquisadores em formação.
É o caso da Prospecta, incubadora ligada à faculdade de ciências agronômicas da Unesp em Botucatu.
Atualmente, há 18 empresas residentes, segundo o gerente da incubadora, Antonio Vicente da Silva. Elas desenvolvem pesquisas nas áreas de agronegócio, meio ambiente e biotecnologia.
A Multigene, por exemplo, desenvolve tecnologia para fazer o diagnóstico molecular do DNA e, assim, tratar individualmente um doente grave, dosando exatamente a quantidade de remédio.
De acordo com Silva, os pesquisadores dominam os produtos, mas têm dificuldade em conhecer o mercado.
As empresas têm financiamento de instituições públicas voltadas à pesquisa, como da própria Finep.
Recentemente, o governo tem pensado também na inserção dessas empresas no mercado pós-incubação. Desde 2007, a Finep tem um edital voltado para isso.
São R$ 120 mil para cada empresa contemplada. O edital prevê, por exemplo, que 25% do recurso deve ser destinado para o marketing da empresa estudar o mercado.
"Sem incentivos, a pesquisa pode se tornar obsoleta", diz Silva.


11 de junho de 2011

Quatro Eixos para uma Revolução

Quatro Eixos para uma Revolução: "
Olá,

Seguimos nossa missão de auxiliar as empresas brasileiras a se tornarem mais inovadoras. Por vezes abordamos questões intra-organizacionais. Nesse post gostaria de destacar aspectos macro que precisam ser executados para criar um ambiente empresarial mais propício a inovação. A íntegra desse artigo você pode conferir em nossa coluna no Jornal Brasil Econômico.



Para que o país continue crescendo significativamente, precisamos de uma verdadeira revolução focada na inovação.

Entendo que há quatro grandes eixos a serem priorizados.

O primeiro eixo trata da qualificação da educação em todos os níveis, da básica à superior. Afinal, a transformação do conhecimento em resultado envolve de competências básicas àquelas mais refinadas. A educação empreendedora deve se constituir num dos vértices dessa iniciativa.

Um segundo eixo diz respeito aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). As empresas brasileiras investem pouco na área e, mesmo considerando os recursos públicos, o Brasil fica muito atrás de países menos desenvolvidos nesse quesito.

Os mecanismos de incentivos fiscais para inovação têm surtido efeito, mas precisam ser intensificados e ampliados.

O terceiro eixo é a consolidação de um mercado formal de capital de risco para novos projetos. A base do sucesso do Vale do Silício, nos Estados Unidos, está centrada na disponibilidade de investidores dispostos a apostar em pequenos projetos ainda em fase inicial.

O quarto eixo de atuação é a qualificação da gestão da inovação. Um dos principais quesitos que determinaram a queda do Brasil no ranking de competitividade citado reside na discrepância entre a eficiência do setor privado e a baixa eficiência do setor público.

Nossas organizações precisam se capacitar, incorporar novas ferramentas de gestão e ter acesso a melhores práticas de inovação.


Veja a conclusão no Brasil Economico.

O que você pensa sobre o assunto? Compartilhe sua visão conosco para fazermos do Brasil um país mais inovador.

abs
Maximiliano Carlomagno
"


5 de junho de 2011

Profissionais trocam a academia pelos laboratórios de empresas

Dificuldade de escolas em absorver mestres e doutores motiva graduados a migrar para a iniciativa privada.


O farmacêutico bioquímico Fernando Amaral passou as primeiras três décadas de sua vida no meio acadêmico. Emendou uma bolsa de mestrado após a graduação e depois concluiu o doutorado em biologia molecular. Com o diploma na mão, há dois anos e meio, optou por partir para a iniciativa privada. O motivo, explica ele, é um só: com o aumento da quantidade de graduados, as universidades não têm mais como acomodar todos esses profissionais. É nesse vácuo que entram empresas como a americana Life Technologies, que usa mão de obra especializada para prestar assistência técnica aos laboratórios e pesquisadores que utilizam os princípios ativos que comercializa.

Amaral, hoje supervisor de suporte científico na companhia, afirma que a mudança da pesquisa em universidade para uma multinacional exige outro ritmo de trabalho: "O processo é rápido e é necessário levar em conta o lado comercial. Trabalhamos com mais temas e de forma menos especializada. Mesmo assim, a função é de disseminação de conhecimento."

De acordo com Patricia Munerato, que coordena a equipe de assistência científica da Life, a maior parte dos mestres e doutores que trocam o setor público por empresas privadas consegue um aumento de salário. "É muito comum, na academia, o acadêmico viver de bolsa. E a maior bolsa disponível hoje é a de pós-doutorado, que é de R$ 5 mil.

"Esse é o salário inicial que pagamos atualmente, sem contar os benefícios oferecidos pela empresa", diz Patrícia, PhD em doenças infecciosas. "Hoje, nossa equipe de suporte científico tem 20 pessoas, sendo 70% com doutorado e 30% com mestrado."

Descoberta - O número de empresas com uma quantidade considerável de mestres e doutores não é maior, segundo o consultor Valter Pieracciani, porque muitas empresas ainda não descobriram a própria vocação inovadora. Às vezes, diz ele, os projetos de tecnologia e processo existem, mas não são organizados em uma estrutura organizada. "É uma característica do Brasil: há muita produção de documentos científicos dentro das universidades, mas muito pouco disso é aproveitado pela indústria."

Para o especialista, é essencial que a academia e a indústria se aproximem. "É algo que aconteceu há 25 anos na Coreia do Sul, com bons resultados. É um país do tamanho do estado de Pernambuco, que produz carros vendidos para o mundo todo", diz. Tendo isso em mente, Pieracciani promove eventos como o TechDay, em que professores universitários apresentam suas pesquisas a empresas, que são encorajadas a dar um norte prático às ideias. "É uma forma de gerar uma interação entre a ciência e o mundo dos negócios."

A dificuldade em lidar com a inovação está em companhias de diversos portes, diz Pieracciani. Entre os clientes do consultor está a Universal, empresa de tecidos que criou um pequeno departamento de inovação há dois anos - trata-se de um grupo formado por um gerente e dois funcionários, mas que já motivou a companhia a criar produtos a partir de garrafas pet e restos de fibras, por exemplo. Já a empreiteira Andrade Gutierrez, por exemplo, só recentemente começou a reunir as inovações implantadas em seus canteiros de obra. "Criamos uma ferramenta para reter e catalogar o conhecimento gerado nas obras e repassá-lo para toda a empresa", explica Érico da Gama Torres, diretor de qualidade e sistemas da empresa.

Essa iniciativa, diz Torres, é uma forma de economizar horas de trabalho do corpo de engenheiros da companhia e também de consultorias contratadas para solucionar problemas em contratos específicos.

O papel dos engenheiros na inovação - Uma das ferramentas para fomentar a inovação no País, de acordo com a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), é o aumento da formação de engenheiros. Segundo Guilherme Marco de Lima, vice-presidente da entidade, hoje cerca de 5% dos graduados no Brasil saem das escolas de engenharia. Na China, o porcentual é de 40%.

A formação de engenheiros é importante para expandir a inovação no setor privado, afirma Lima, pois esses profissionais são de grande interesse para as empresas inovadoras. Além disso, os programas de subvenção para contratação de mestres e doutores - em que as companhias recebem ajuda de custo do CNPq ao contratar mestres e doutores - se limitam às pequenas e médias empresas. Segundo o consultor Valter Pieracciani, as empresas que poderiam recebera ajuda oficial, que garante o pagamento de 50% do salário de mestres e doutores por até dois anos, desconhecem o benefício. "Existe a burocracia do processo, mas se trata de uma oportunidade considerável."
(O Estado de São Paulo)


3 de junho de 2011

Processador molecular faz cálculos usando DNA

Processador molecular faz cálculos usando DNA: "Pesquisadores construíram um computador molecular, no qual os transistores eletrônicos foram substituídos por moléculas de DNA."